Tumores palpebrais

Sandra Prazeres

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Médica Oftalmologista

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Os tumores benignos são os mais frequentes, são de um aspeto liso, redondo. Geralmente não evoluem, não crescem, e por vezes têm um aspeto quístico. As lesões malignas alteram a arquitetura do bordo palpebral, têm por vezes um nódulo, uma lesão ulcerada, ou seja, que sangra facilmente e, muitas vezes, localmente, há uma perda de pestanas. As causas mais frequentes são a idade avançada e a exposição solar. Alguns tumores também têm uma base genética associada.

Estes tumores, apesar de serem bem visíveis, chegam-nos muitas vezes tardiamente por desconhecimento ou por negação ou por vergonha do paciente, que recorre quando a lesão já é muito grande e envolve uma cirurgia muito mais complexa.

O diagnóstico pode ser feito por um médico de família, um dermatologista, um cirurgião plástico, um oftalmologista e baseia-se inicialmente num diagnóstico clínico. O diagnóstico definitivo é feito por uma biopsia.

Os doentes que apresentem este tipo de lesões, devem recorrer a um oftalmologista especializado em oculo plástica. Para além de ser um especialista em cirurgia das pálpebras, conhece bem a anatomia da zona e as técnicas de reconstrução mais adequadas a cada tipo de tumor e à sua localização, tendo em conta sempre a cura e a funcionalidade da pálpebra, cujo papel fundamental é a proteção do olho.

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